"Sempre precisei de
um pouco de atenção.
Acho que nem sei quem sou, só sei do que não gosto".
Renato Russo resumiu boa
parte das minhas aspirações no trecho dessa música, que na realidade não me
lembro qual é o nome. Só citei pra dizer que eu realmente sei quem sou e o que
faço. Tenho ciência daquele monte de bobagens que eu vou acumulando no meu
currículo e isso não é um mal, caso seja, é um mal muito do necessário.
Antes de qualquer coisa, a
música fala sobre ter atenção. Essa postagem vem de encontro a uma necessidade
minha. Ultimamente ando recebendo uma "atenção" diferenciada dos meus
amigos de sala.
Estudo Jornalismo e estou
no último ano todo mundo sabe disso,
mas parece que conviver com distintos comunicólogos por quatro anos não é o
bastante para desenvolver um traquejo eficaz para com os mesmos.
Até ontem eu pensava que
todos os universitários da área de comunicação sabiam o peso que é ter uma
opinião. Não quero voltar naquela velha balela (porque pra muitos é bem
assim mesmo) de defender a mordaça. Melhor dizendo, de ter uma mordaça digna de
ser usada. Cada um é responsável pelo que faz, pelos papéis que assina e pelas
bandeiras que levanta. Até aí, tudo bem.
Amigos, dizer sim e não para as perguntas da vida é saudável. Entendam isso. Tomar
posição sobre determinado tema faz parte do moinho que movimenta essa bagaça
chamada universo. As pessoas que agem assim, desenvolvem certo estigma e isso
além de tornar-se referencial, parece criar uma mancha difícil de sair.
De uns tempos pra cá,
muita gente anda lembrando daquilo que "não se menciona" pelos
corredores. Dizer que não vão se formar por minha causa, não sentam junto
comigo para não "prejudicar a imagem", apontar o dedo na minha cara e
afirmar que sou da oposição NÃO muda o fato de que eu fiz alguma coisa que poucos fariam e
que apesar de gostarem de mim, ainda não descobriram o porque estão fazendo
isso. Quanto estão ganhando pra bancar o porta voz? Esse Bullying é algum tipo
de ação combinada? Estratégia de marketing de laboratório?
Sério, vocês estão dando
nó na minha cabeça, utilizando de um antropofagismo mental desnecessários pela
incapacidade particular de fazer silêncio.
Se tem uma coisa que eu
gosto naquele lugar em que estudo são as pessoas. Elas fazem a diferença de uma
maneira tão significativa, que caso estas não estivessem onde estão, o curso
seria completamente vago.
Mas veja, quem tem
problemas não precisa de mais inimigos. Falando por mim, não preciso de mais
gente contra minhas idéias. Eu já sei fazer isso sozinha, não preciso de um empurrão
que me direcione mais cedo para o desfiladeiro. Compreendem?
Caso vejam algum
professor, ou queiram contribuir para a aula de cada um deles, por favor, não
dêem referências utilizando meu sobrenome. Espero que vocês tenham muitas ideias pra defender e ainda mais, quero partilhar com vocês das próximas ações, mas falem por vocês, não por terceiros.
Diferente de muita gente,
eu sei do que não gosto. Escrever essa postagem é só mais um amontoado de
letras e de palavras que pra muitos vai soar como REVOLTA.
Porra, se soar assim, me
desculpem, mas vão precisar voltar para o curso de interpretação de texto.
Giovana Cabral.
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