Eu sempre
fui a favor do grito. Ele por exemplo, já me pautou muitas vezes nesse blog e em
tantos outros. O grito sempre esteve presente por que nunca parou na minha
garganta. Todas as vezes que ele precisava se manifestar, dei
condições pra isso.
Mas não se assuste. Não estou falando de baderna ou em falar em
hora inapropriada talvez eu também faça isso. Este não é o caso. Eu
digo grito no sentido de indignação.
Gritar é pra quem sabe. Para soltar um grito, você tem que
saber porque o faz. Não é como um twett que você publica ou uma foto que você
compartilha. Isso é coletivo. Grito é pessoal. Grito parte de você. Ele é
produzido ai dentro e tem hora que ele não consegue mais ficar guardado no
porão.
Gritar vai além, pois te obriga a sustentar o motivo. Pra
gritar e gritar com vontade é preciso de preparar para a mordaça, para o
eco que se forma e principalmente para o grito que vem em resposta. Este pode
ser ensurdecedor.
Lula, ou óbvio Lulante como é chamado pelo colunista José Simão, já
dizia sabiamente que o grito sempre esteve com ele, assim como a luta. E para
sintetizar a lição ele disse a seguinte frase, que levo comigo pra onde quer
que eu vá com a minha voz:
"Como eu gritei a minha vida inteira em todos os palcos do
mundo, nunca vou achar ruim que as pessoas façam o mesmo. Mas as vezes, as
pessoas gritam até sem saber o por que estão gritando".
Sobre a frase nada a declarar, auto-explicativa como poucas. Agora
sobre meus motivos, vamos discorrer sobre isso em outra oportunidade.
@gi_cabral optou pela semiótica na publicação de hoje e é
aspirante à afonia.
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