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segunda-feira, 6 de agosto de 2012


"Ih, é ruim, eu não gosto de perder,
 nem me lembro há quanto tempo que eu não perco pra você."
(Lodeando, Marcelo D2)

O jogo começou, aperta o start! Não, não estou falando de nenhum campeonato de games. Mas o jogo é antigo e não deixa de ser uma grande competição. São as eleições, meu amigo, que estão bem ai na nossa cara. Este ano teremos eleições municipais abraçando 5.565 cidades em todo território nacional. Abraçando, beijando crianças, bebendo café com os comentaristas de botequim, jogando santinho com fotos photoshopadas e distribuindo aquela coisa 'nova' chamada promessa. Parece engraçado mas isso certamente pertence à algum manual de instruções para pretensos candidatos. Sempre seguem a mesma linha, salvo um ou outro que realmente tentam ir contra a maré. Essa fórmula convencional e retrograda parece favorável apenas para quem segue a linha do pão e circo.

                                      A lona já está armada, agora só falta o pão.

Política sempre é um assunto que entorta a cara da maioria das pessoas. Não obstante em ser um tema de dificil penetração, a maioria não faz nada para tentar entender como foi que a palavra se tornou sinônimo de coisa ruim.
Boa parte da abordagem dos políticos é feita de maneira engessada. Se não houvesse um padrão de foto, de sorriso, de slogan, se jingle, um horário eleitoral obrigatório, talvez a dinamica surgisse. O corpo a corpo acontece de maneira mecânica, é por isso que sentimos falta do contato diário com nossos eleitos. Eles começaram errado, curvando-se diante de uma falsa ideia de apresentação.


Era natural definir uma posição quando existiam a "direita e esquerda". Não tinha erro, era fácil escolher e defender uma bandeira quando as cores eram diferentes. Essas cores representavam ideologias que realmente externavam questões sociais. Hoje, oposição e situação são monocromáticas. Não há distinção que nos norteie. Essa mudança deveria acontecer se o bem comum fosse o propósito a ser alcançado, mas não. Os interesses de poder e de satisfação financeira se mesclaram.
Vocês que comeram docinhos caramelados na geladeira, não devem lembrar de que quando o Presidente Lula foi eleito pela 1º vez, Leonel Brizola (do PTB que era oposição ao PT) gravou uma vinheta em que começava dizendo "Caímos no conto do ex-operário", e isso era um tapa na cara da política atual, mesmo antes de ela mostrar a que veio.
Hoje em dia, o PT e o PTB comungam no mesmo altar. E as intenções mudaram sem mesmo ter sido colocadas em ação. Nesse conto quem caí é quem não joga. 
Se você for forte o bastante para encarar com lúcidez MAIS essa empreitada, isso significa que nem todas as chances de se ter uma boa representação política, digamos, 'morreram na praia'.
Melhor que anular um voto, é dar a ele oportunidade de uma nova perspectiva. Em todo baralho tem um coringa. Será que a gente consegue identificar o coringa da vez?

@gi_cabral é de esquerda, aspirante a crítica de eleições e detesta jingues eleitoreiros com rimas esdruxulas combinadas à moda sertaneja.

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