"Bomba, avião, helicóptero para ocupar território e
deixá-lo ao Deus dará!"
(Gilmarley song - Kid Abelha)
O que faz de nós seres restritos?
Sempre ouço falar, até
mesmo entre colegas de profissão, que a população de modo geral tem linguagem
restrita. Engraçada essa afirmação, quando a maioria dessas opiniões são de pessoas que trabalham
com o segmento da informação há décadas, para a qual doam seu
precioso tempo.
A mesma vacina não cura todo mundo.
Se a nossa intenção é
informar de uma maneira transparente, oferecer produtos que sejam úteis, passar
a mensagem sem ruído, onde é que está o problema dessa linguagem? Quando é
que começa e onde termina a nossa dificuldade?
O jornalismo e a
publicidade são facas cujos gumes são fatais. Como já ouvi de um grande
profissional "são o yin-yang da comunicação”, e por esta razão nunca
separados. As duas áreas funcionam juntas porque formam um fluxo informacional
capaz de abranger diferentes classes e segmentos distintos. Cada qual com sua
abordagem, cada qual com sua recepção, seja ela avançada ou não. A mídia que
temos ao nosso alcance nos é oferecida de diversas maneiras. O mercado
publicitário sustenta o mercado jornalístico, cujo valor-notícia para
esclarecimento do público é o ponto de partida.
O grau de informação e de
qualidade das duas áreas dita a abordagem. O emissor tende a manipular o
público que aguarda aquele material. Tais jogos de manipulação não são para alienados, são
para esclarecidos. Somente o esclarecimento torna você capaz de lidar com a manipulação de outrem. Recebendo uma informação, você imediatamente a transforma
para sua realidade: prova o novo refrigerante pra ver se é bom, se achar ruim
não toma mais, se achar bom passa a dica adiante. Ou você é desses que toma
refrigerante ruim por uma vida inteira?
Ou gosta ou não gosta!
Ter dificuldade para
entender a mensagem não quer dizer que a mensagem não foi compreendida. Esta só
precisou de mais tempo para ser processada, logo terá um aprofundamento no seu
sentido, alcançando sua plena satisfação na divulgação da informação.
O que faz de você um ser
restrito é não aceitar que o conhecimento é cíclico. Muitos apontam o dedo em
quem vê televisão, dizendo que a restrição de pensamento invade este pobre
telespectador. Mas muitos destes são tão presos à teorias, que vivem condenados
a uma ou outra aba do navegador.
Estes profissionais que preferem o "oba-oba" a ter uma ideia que revolucione, certamente possui a maior das restrições de pensamento. Pessoas cartesianas mantem-se cartesianas motivadas por outros seres semelhantes. Se você trabalha com isso, aponta pra dialética e rema.
@gi_cabral é criteriosa e aceita uma boa réplica quando os argumentos são válidos. Partiu?!
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