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sexta-feira, 6 de julho de 2012


Pouco tempo atrás você facilmente encontraria na mídia mulheres desconhecidas e bem vestidas, destas que sabiam tudo sobre a moda que você nunca ia usar. Basicamente eram elegantes e manipuladas esteticamente. As primeiras a experimentarem o silicone nos seios, o peeling facial, bronzeamento artificial e botox nos lábios. E para provar que o Castelo de Caras não abrigava apenas celebridades, elas abriam sua intimidade nas revistas semanais. Eram as solialites (senhoras) e as patricinhas (jovens).
Em nenhum momento isso representava algum tipo de incomodo. Era só uma fatia deste vasto e desigual país com nome de vegetal, como diria Mario de Andrade. Esse mar de “estilo” era só mais um episódio de que poderíamos usufruir, comprando a revista, observando as roupas e tentando vez ou outra, gostar tanto de moda quanto as aspirantes à Julia Roberts.


Mas de uns tempos pra cá algumas coisas mudaram. Não sabemos bem se é por conta da superestimação que temos para com os Estados Unidos temos quem? ou pela facilidade da internet que nos deu N oportunidades de alcance de cultura. O que realmente aconteceu é que as “patricinhas” saíram de cena para a entrada das “It Girls”. A diferença entre elas? Básico: antes você as via apenas aos finais de semana, agora você encontra a cada segundo, quando elas resolvem te mostrar quem pediu mesmo? o look que estão usando no dia.

As It Girls são as mesmas meninas de antes, só que agora utilizam a blogosfera para propagar isso. Em nenhum momento elas representam um status de beleza desejado pela maioria. Como se a moda fosse o novo passaporte para a convivência saudável. Quem não gostava antes, não gosta hoje. Muitas meninas sabem aproveitar o jeito natural de ser, sem ficar preocupadas com a combinação entre roupa, bolsa e sapato ou se a coleção nova ainda não integra o guarda-roupas (ou closet).  Essa necessidade de exposição independe de classe. Até onde eu sei, ter opinião própria vai bem com qualquer situação e essa autenticidade é que vale investimento.
Independente de ser ou não partidária da comunidade In, é importante lembrar que quem gosta de moda deve considerar sempre que a regra nº1  desse mundo é que tudo vira Out um dia. Tudo cai de moda, tudo fica brega, tudo vira bosta.
No final, não há imortalidade para nenhum estilo. Tudo é mortal, inclusive as teorias.

@gi_cabral não é aspirante a it girl e nem a ser normal. Viaja na maionese e não compra roupa nova pra isso.

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