Pouco tempo atrás você facilmente
encontraria na mídia mulheres desconhecidas e bem vestidas, destas que sabiam
tudo sobre a moda que você nunca ia usar. Basicamente eram elegantes e
manipuladas esteticamente. As primeiras a experimentarem o silicone nos seios,
o peeling facial, bronzeamento artificial e botox nos lábios. E para provar que
o Castelo de Caras não abrigava apenas celebridades, elas abriam sua intimidade
nas revistas semanais. Eram as solialites (senhoras) e as patricinhas (jovens).
Em nenhum momento isso representava
algum tipo de incomodo. Era só uma fatia deste vasto e desigual país com nome
de vegetal, como diria Mario de Andrade. Esse mar de “estilo” era só mais um
episódio de que poderíamos usufruir, comprando a revista, observando as roupas
e tentando vez ou outra, gostar tanto de moda quanto as aspirantes à Julia
Roberts.
Mas de uns tempos pra cá algumas
coisas mudaram. Não sabemos bem se é por conta da superestimação que temos para
com os Estados Unidos temos quem? ou pela facilidade da internet que nos deu
N oportunidades de alcance de cultura. O que realmente aconteceu é que as “patricinhas”
saíram de cena para a entrada das “It Girls”. A diferença entre elas? Básico:
antes você as via apenas aos finais de semana, agora você encontra a cada
segundo, quando elas resolvem te mostrar quem pediu mesmo? o look que estão
usando no dia.
As It Girls são as mesmas meninas
de antes, só que agora utilizam a blogosfera para propagar isso. Em nenhum
momento elas representam um status de beleza desejado pela maioria.
Como se a moda fosse o novo passaporte para a convivência saudável. Quem não
gostava antes, não gosta hoje. Muitas meninas sabem aproveitar o jeito natural de
ser, sem ficar preocupadas com a combinação entre roupa, bolsa e sapato ou se a coleção
nova ainda não integra o guarda-roupas (ou closet).
Essa necessidade de exposição independe de classe. Até onde eu sei, ter
opinião própria vai bem com qualquer situação e essa autenticidade é que vale
investimento.
Independente de ser ou não
partidária da comunidade In, é importante lembrar que quem gosta de moda deve
considerar sempre que a regra nº1 desse mundo é
que tudo vira Out um dia. Tudo cai de moda, tudo fica brega, tudo vira bosta.
No final, não há imortalidade
para nenhum estilo. Tudo é mortal, inclusive as teorias.
@gi_cabral não é aspirante a it girl e nem a ser normal.
Viaja na maionese e não compra roupa nova pra isso.
0 comentários