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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Quando eu tinha uns 10 anos, ou doze, ou qualquer outro número que não me lembro agora, tive uma paixão avassaladora pela revista “Recreio”. Era uma publicação para o público infanto-juvenil muito atraente por motivos de: tinha vários brindes nas edições. Bonecos articulados, miniaturas, adesivos (que eu adorava), fichários com encartes para completá-los e enfim, mini coleções.
E a revista mensal não era lá muito barata, mas vez ou outra eu ia buscar na banca.  Até que chegou o dia que “avistei” o anúncio dos livros da Recreio. Eram livros bem fininhos da coleção “De olho no mundo”, mas cada um vinha com um assunto diferente. E mesmo empenhando regularidade pra composição da coleção de 20 livros, eu nunca tive todas as edições. Acredito que tenha me faltado 5 ou 6 livros e eu nunca consegui encontrá-los nem nas bancas, nem nos sebos.


 Vez ou outra, quando eu os consultava para as aulas, sentia falta dos livros que eu não tinha, como se eu não tivesse feito o suficiente para ter todos os exemplares. Mas mesmo assim eu cuidava demais das edições que tinha em casa, pesquisava através deles e gostava muito porque era bem simplificado, direto e, como toda criança gosta, colorido.
Até que um dia você acorda e saiu do ensino fundamental, os livros do ensino médio são maiores e mais complexos, e a coleção (ou quase coleção) vai para o fundo do armário.
Os adesivos, brinquedos, miniaturas foram se perdendo no caminho da vida, mas os livros ficavam lá. Ficavam...
Mas acontece que só completamos de verdade uma coleção quando sabemos exatamente qual o propósito dela. Nesse caso específico, a quantidade, aquele compromisso de fazer as contas baterem exatas, não tinha importância. A qualidade do conteúdo que fazia sentido.  Foi numa dessas que vi um anúncio de uma galera muito engajada aqui da minha cidade, a fim de montar uma biblioteca para uma entidade que cuida de crianças. Ao saber disso, corri nos armários pra ver se eu tinha alguma coisa pra colaborar, e lá encontrei esses livros da Recreio.
E foi ai que eu quis completar a minha coleção definitivamente, dando a ela não outras edições, mas sim outras mãos, outros olhos curiosos, outros pesquisadores e admiradores dos gráficos coloridos. Estes sim estavam faltando na coleção.


E quem puder colaborar com o “Lar Santa Filomena”, as crianças vão agradecer muito. Se você for capaz de ler esse texto e compreende-lo, significa que alguma coisa na escola você aprendeu. Hora de ensinar quem ta vindo aí.

@gi_cabral lê e re-lê pra ter certeza.
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