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quinta-feira, 12 de setembro de 2013



Se não tiver pra dar, me vende. Eu tenho algumas economias e um cartão com fatura em aberto.
Eu quero esse minuto pra falar que você não precisa mais se preocupar com nada. Que pode esquecer aquele fora que levou da menina popular quando ainda estava no ensino fundamental, e que pode finalmente abandonar o velho trauma adquirido enquanto tentava impressionar aquela amiga do antigo trabalho. Que aquele seu problema de ligar no dia ou na semana seguinte não me incomoda. O dinheiro que eu tenho aqui deve dar pra isso também. Eu ligo.
Um minuto pra te dizer que vou idolatrar diariamente toda mulher do seu passado. Destas que te juraram amor eterno, mas que hoje defendem que pra você ser bom deveria estar morto. Tomarei esse posicionamento pois elas viram em você o que eu não faço questão de ver: um ex em potencial. Eu quero 60 segundos pra provar que eu valho a hora cheia.
Eu não sou perfeita ou cheia de qualidades. Sou dessas que já deu o fora em alguém, mas que se martirizou por não poder corresponder. É difícil pra todo mundo. Sempre fui dessas que nunca repara quando é paquerada porque simplesmente presta muita atenção no que sente e é muito fiel a isso. Sou também do time das que raramente se apaixona e que quando isso acontece nem quer saber qual o procedimento, quer fazer com que cada minuto renda outros mais. Inclusive estou fazendo isso agora.
Não elabore comparações como costuma fazer com todas as garotas que encontra pelo bar. Nada é igual, assim como não sou igual com ninguém. Eu vim até aqui te pedir antes que eu mesma desista de acertar nossos ponteiros. Eu quero antes de qualquer coisa que você queira estar na mesma vibePare um minuto, fala comigo.
Minha preocupação com o tempo é grande porque era pra estarmos jantando agora, olhando o mar, procurando aquele feriado prolongado no calendário. Era pra estarmos alugando umas bicicletas e indo aplaudir o pôr do sol numa parte alta da cidade. Ou ainda fazendo pipoca de microondas, mordendo os lábios, amarrotando o lençol, vivendo.
Entre outras coisas, era pra formularmos uma lista de metas num papel em branco do moleskine e rasgá-las logo em seguida, porque bom mesmo é calçar o tênis e sair correndo sem destino, ou melhor, poderíamos tirar o tênis e ir em direção ao quintal só porque a chuva começou a cair. Era pra continuarmos juntos num movimento de reciprocidade nos tirando o fôlego, a roupa e o senso crítico.
Então, respira fundo e me responde de uma vez: tem um minuto? 
Respira de novo e completa o questionário: tem um minuto, uma hora, um final de semana, uma vida? Tem jeito?

@gi_cabral pede um minuto e quebra o relógio em seguida.

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