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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Você chega, entra, coloca sua bolsa na mesa. No lugar do retroprojetor, salgadinhos, bolo e refrigerante. No lugar dos cadernos, presentes. No lugar de professores irritados com sua intervenção durante a aula, sorrisos de felicidade será?. No lugar da sua roupa gasta, uma camiseta escrito “aula da saudade”.

                             Muita saudade, inclusive chorando muito.

Não sei vocês, mas muita gente considera essa como a cartada final do curso universitário. A prova de que você terminou o curso e que deve seguir adiante com seu diplominha debaixo do braço.  Até hoje não sei bem por que essa aula existe e nem me dei ao trabalho de buscar tal esclarecimento no Google. Tenho uma dúvida que sempre me invadiu as têmporas: em que momento da história as pessoas passaram a ser adeptas desse tipo de ritual?
É que pra mim há uma controvérsia sem tamanho nessas reuniões, mas quem sou eu pra sentar o dedo na cara de quem gosta, né? Logo eu que faltei na minha própria aula da saudade.
Mas estou escrevendo sobre isso pra dizer que faculdade não é o fim do caminho, ela é a curva. A gente tem um caminho que demora uma vida inteira pra cruzar, tanto que as facilidades, dificuldades e distância são diferentes de uma pessoa pra outra. Muita gente acha que o caminho vai ser outro quando a faculdade termina, mas não, só o passo que vai mudar dentro de um mesmo trajeto e a vontade de continuar andando deve existissem dentro de cada um.
A Faculdade em geral não vai me deixar saudades, mas tem certos elementos proporcionados pela vivência nela que já me deixavam com saudades de uma semana pra outra, de um semestre pro outro. Uma aula onde todo mundo ri, como é o caso dessa derradeira, não vai ser o motivo especial que vou lembrar pro resto da vida.

                                                   Apenas!

Nem que eu conseguisse poderia colocar nessa postagem todas as coisas que sinto falta, mas uma coisa é certa: isso não acaba aqui.  Deixo um brinde eterno ao Café do terraço, aos abraços dos valetes do caminho, aos educadores que nos chamavam de atrevidos durante as aulas (e adoravam tamanho atrevimento), aos professores que ignoravam nossas perguntas (e odiavam nossos questionamentos), as eternas frases soltas que resultaram num livro, dos apelidos dos amigos mais chegados, do Twitter que salvava os piores cenários, das vezes que juntamos moedas pra comprar uma coca-cola quem foi que disse que assessoria dá dinheiro? e também as boas risadas que ajudaram a deixar aqueles famigerados futuros desempregados unidos em qualquer situação.

                                           E não foi só uma vez...

           Sempre dividi as pessoas entre as que levam o chute e as que chutam, porque as duas partes são importantes no processo. Mas nesse caso, quem é chutado sempre tem mais opções, porque de uma forma ou de outra ele foi projetado pra frente, cabe a ele decidir se vai adiante ou não.
          Aos que nos deram chutes um recado: sentiremos falta dos sapatos de vocês, mas saibam que isso vai ser um ganho maior para nossa vida, já que dessa forma aprendemos que os sapatos devem ser usados pra outra finalidade (para lotar closets com o resultado do nosso trabalho, por exemplo).
         Fico feliz por todos os novos integrantes da esfera "superior completo", mas que acima de tudo, todas as lições tenham sido aprendidas. Eu tenho muito orgulho dessa turma e de cada uma das pessoas que conheci no trajeto que eu fiz. O verdadeiro sentimento de dever cumprido é aquele que nunca se cumpre.
        E não tem aula da saudade certa pra isso.

@gi_cabral é do-contra, mas teria isso na aula da saudade caso o Russo estivesse presente.

8 comentários:

  1. Aquele orgulho de ser sua ~bixete~ e de dividir tweets impressos e de ser chutada também. Obrigada por passar também pela "curva" da minha vida e ter me dado carona para participar da sua. E claro... só viemos, sempre, pelo café.

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    1. Não é todo dia que a gente encontra alguém pra dividir o caminho, mas quando encontra porque deixá-lo na metade da rota, né?

      Levo tanta gente comigo, você é uma delas Ferzita! ^^

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  2. Eu vou usar aqui um dos melhores adendos do saudoso Beto Medeiros, diga-se de passagem, o melhor de todos os adendos já feitos por ele. Medeiros (2012) explicou que não esteve presente na aula da saudade, pois ele se recusa a aprender a ficar longe daqueles no qual ele aprender a amar, ou seja, FENOMENAL !!!!!!!!

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  3. É verdade, é complicado aquele ar de que "estamos nos vendo pela última vez", eu pelo menos ratifico, dou fé e assino esse "adendo" do BM.

    Ainda vamos nos ver muito!

    :)

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  4. Ahhh sua linda e maginífica! Sentirei muita falta de vc e dessa sua inteligência irônica interminável! Senti sua falta, sim, na aula da saudade, senhorita Giovanna. Mas sinto mesmo da falta que vou sentir (e que já estou sentindo) de todos em suas particularidades e de você sempre tão receptiva e com o sorriso (irônico? rs) no rosto de sempre. E a única pessoa no mundo que em chama de Mailá. A você meu grande abraço e espero um dia nos encontrarmos nesse mundão veio sem porteira (se ele não acabar antes rs). E ah, amor eterno ao #russo haha..Beijosss, miss.

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    1. Thanks Mailá, sua linda.
      Irônico as vezes, mas com certeza em tudo que fiz na faculdade e na vida, sempre coloquei muita verdade. Amei te conhecer e com certeza nós nos veremos muito por esse mundo.
      Desejo muito sucesso pra você (e acredite, sempre te chamarei de Mailá, mesmo que você esteja recebendo o prêmio Esso - como evidentemente acontecerá).

      Beijo Lindona! <3

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  5. Só tem mentira neste post! Ninguém considera a aula da saudade o final do curso, você vai sentir falta da faculdade, você tem dinheiro sim e não tem orgulho dessa turma de vagabundos não (assim como eu, você metia o pau, no bom sentido, em todo mundo)

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  6. Só tem mentira UMA CARALHA.

    Se você leu bem, nobre amigo, eu disse que vou sentir falta de coisas que a faculdade me proporcionava, mas que sempre sentia isso durante o próprio curso. E outra, de tudo que eu um dia ousei falar mal, digo de pessoas (docentes) mesmo, eu sempre disse ao ar livre, nunca ninguém teve dúvidas de nada sobre minha opinião.

    Ponto.

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