Mediados por Jacqueline Lafloufa, participaram do debate Jaime Troiano, Nizan Guanaes, Marcos Hiller e Keid Sammour.
No primeiro e tardio post sobre a Campus Party eu mencionei minha passagem pela platéia da palestra “Marcas podem ser pessoas” no palco de Mídias Sociais. Nessa palestra eu não aprendi absolutamente nada sobre a diferenciação que aparece no título da mesma. Digo isso (e sem medo de errar) porque não foi algo definitivo. Todos os participantes chegaram a um consensual "não" mas o assunto é tão relacionado a opiniões próprias que fica difícil você formar ou formalizar um pensamento que não seja sobretudo ligado a meros palpites.
Dentro e fora da internet as coisas acontecem de maneiras distintas. Assim como não se deve vestir jeans em casamento e boné num Bar-Mitzva, algumas ações são definitivamente anti-profissionais na internet. A marca nunca pode querer ser uma pessoa física para atrair mais clientes.
Repararam que a frase acima pode ser indicio de opinião própria? Mas vamos em frente. A primeira pergunta que surgiu durante o debate foi a seguinte: “como marcas que nasceram no mundo analógico podem se manter no mundo digital?”. Foi essa questão que norteou a discussão. Mas afinal, quais são as empresas que nasceram puramente no mundo digital? Vou precisar da ajuda dos universitários pra me recordar delas.
O fato é que as marcas existem porque foram criadas por pessoas com visão. A sua sobrevivência em si vem adicionada a fatores muito maiores, bem como a própria empatia e a qualidade. O público poderia se identificar com o Manoel da padaria, mas não era o Manoel que despertava o interesse do cliente e sim o pão que ele fazia. É nessa hora que imaginamos as marcas separadas de seus criadores. O problema encontrado pela maioria das empresas analógicas seria sobreviver na imensidão digital. A maneira de enquadrar-se nesse meio novo é semelhante a preocupação do ponto onde serão instaladas no mundo real. Primeiro penso no ponto de referencia, na localização, no fácil acesso e compro meu terreno para construir minha lojinha cheia de novidades e de produtos indispensáveis. Estar na internet, na rede social de pessoas também é assim sem a cobrança de IPTU. Estas empresas podem sim permanecer firmes no mundo digital se encontrarem a rede que melhor se aproxime de seu potencial cliente. Nada de criar uma conta no twitter e postar uma vez por mês com um singelo “Bom dia para os seguidores mais satisfeitos”, é preciso cativar. Marcas utilizam pessoas para ser 'formadores de opinião' e não para ser a marca indistintamente.
Assim como o jornal impresso sobreviveu a internet e como a Fiat Lux (não é jabá) resistiu ao fogão de acendimento automático, outras empresas também podem achar seu lugar em meio a busca do Google (é sério, não é jabá de novo).
Jaime Troiano, um dos componentes da mesa disse a frase que abraçou free Hugs minha teoria: “querer que a marca seja uma pessoa é como jogar o bebê fora junto com a água de banho”, ou seja, jogar a marca ao relento só porque não sabe como utilizar ela depois de uma ação é desacreditar do produto, basicamente.
Próxima palestra, por favor!
@gi_cabral é aspirante a ombudsman e a encontrar seu blog na lista dos 10 mais.
0 comentários